A organização da Copa HB20, categoria nacional de turismo monomarca disputada com os modelos da montadora sul-coreana, e a operação brasileira da Shell firmaram um acordo para as próximas duas temporadas da competição.
A empresa de produção e distribuição de derivados de petróleo, que tem sede mundial em Haia, na Holanda, adquiriu a principal cota de patrocínio do campeonato – o que inclui o chamado naming rights (direitos de nomeação) – e passa a ser chamado oficialmente Copa Shell HB20. Além disso, todos os carros de corrida serão abastecidos com etanol e óleos lubrificantes da marca. Segundo a empresa, a ação replica no Brasil o conceito “Da pista para rua”, traço de sua estratégia centenária de marketing que vai além do patrocínio e exposição da marca, e se caracteriza pelo envolvimento técnico nos esportes a motor.
Em sua primeira temporada, disputada em 2019, a agora Copa Shell HB20 despontou como o evento de automobilístico nacional que mais cresceu, realizando etapas conjuntas com a Stock Car e Copa Truck, nos quais reuniu grids com mais de 30 carros. A fim de reduzir custos, as etapas são realizadas no formato “rodada dupla”, ou seja, com duas corridas disputadas a cada fim de semana.
Por conta desse sucesso, o calendário de 2020 foi ampliado para nove etapas, com início previsto para os dias 4 e 5 de abril, em Londrina (PR). No entanto, em razão da pandemia de coronavírus, a programação do campeonato teve de ser adiada e as novas datas ainda não foram anunciadas.
A parceria entre a Copa HB20 e a Shell assinala o retorno de uma marca consagrada no automobilismo brasileiro, após mais de 25 anos. Entre as décadas de 1980 e 1990, o Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos era chamado oficialmente de Copa Shell e se estabeleceu como um sucesso de público, fazendo parte, inclusive, durante alguns anos, da programação do GP do Brasil de Fórmula 1, com etapas disputadas como corrida preliminar.
Criada pela HRacing e com o suporte oficial da Hyundai, a Copa HB20 tornou-se o principal campeonato de carros de tração dianteira baseados em modelos de rua do Brasil. Também com o objetivo de tornar a categoria a mais acessível possível aos competidores, o regulamento permite apenas leves ajustes mecânicos.
Com isso, os carros de corrida são derivados completamente da configuração de série HB20 R Spec, que sai de fábrica com motor 1.6 de quatro cilindros e 16 válvulas, e transmissão manual de seis velocidades. A preparação do motor eleva a potência máxima de roda em 20%, comparada à original, totalizando cerca de 160 cv – o que permite aos modelos ultrapassarem os 200 km/h em grandes retas.
No interior da cabine as modificações em relação ao modelo original resultam da instalação dos equipamentos de segurança exigidos pelo regulamento.
São eliminados os revestimentos, assentos e o painel, para dar lugar à estrutura tubular (santantônio), banco especial do tipo “concha”, cinto de segurança de cinco pontos, chave geral (interna e externa) para corte da energia elétrica, bem como o sistema anti-incêndio, também acionável por dentro ou por fora do carro, com saídas para o próprio habitáculo e para o compartimento do motor.
Fonte: Copa HB20 I Edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação e arquivo Gunnar Vollmer