Fórmula E dá largada com cobertura inédita pela TV Cultura

Temporada dos carros 100% elétricos começa nesta sexta-feira (26), com transmissão ao vivo a partir das 14h. Brasil estará no grid com Lucas di Grassi e Sérgio Câmara

Fórmula E dá largada com cobertura inédita pela TV Cultura

Tudo pronto para a temporada de 2021/2022 da Fórmula E, a categoria de monopostos 100% elétricos que tem os ePrix (como são chamados os Grandes Prêmios da categoria) disputados, predominantemente, em circuitos de rua montados em capitais e metrópoles ao redor do mundo. A abertura do calendário acontece neste final de semana na Arábia Saudita, com a disputa das duas primeiras provas na pista de Al Diriyah, localizada nos arredores de Riad, capital do país. Este ano, os dois ePrix no circuito árabe serão as primeiras corridas noturnas da história da Fórmula E, iniciada em 2014. E, a partir deste ano, a categoria também ganha a chancela de Campeonato Mundial da Federação Internacional do Automóvel, a FIA.

Para os fãs de automobilismo do Brasil, o campeonato deste ano traz outras duas novidades. A primeira é a estreia do piloto mineiro Sérgio Sette Câmara, na equipe Penske, que representará o país ao lado de Lucas di Grassi, da Audi, campeão de 2017, que parte para a sua sétima temporada na categoria. E a outra é a inédita transmissão da Fórmula E em canal aberto de televisão, com exibição ao vivo de todas as provas pela TV Cultura, como opção à cobertura pelo canal por assinatura, que este ano será feita pelo SporTV2.

Os dois ePrix, em Riad, na Arábia Saudita, serão as primeiras corridas noturnas da Fórmula E

Nesta sexta-feira (26), a partir das 10h da manhã, acontecerá o treino classificatório para a definição do grid, com exibição pelo SporTV2 e pelo site da TV Cultura. A largada para a primeira prova da temporada está programada para logo depois, às 14h, com transmissão ao vivo pela TV Cultura e SporTV2. No sábado (27), a programação do evento e das transmissões são as mesmas, com nova tomada de tempos às 10h e corrida às 14h.

De acordo com a reportagem da TV Cultura, entre os oito circuitos escolhidos para a primeira metade da temporada 2021/2022 da competição – que, tradicionalmente, começa em um ano e termina no outro – três são estreantes na categoria, mas velhos conhecidos dos fãs de automobilismo. Um deles é o de Monaco, tradicionalíssimo na Fórmula 1, mas que nunca recebeu os carros da Fórmula E. Os outros dois são Seul, na Coreia do Sul, e Valência, na Espanha. Roma, na Itália, Marrakesh, em Marrocos, e Santiago, no Chile, completam o calendário inicial, que pode ser visto em detalhes no final do texto.

Lucas di Grassi parte para sua sétima temporada na F-E em busca do bicampeonato

Outra característica da categoria é a forma como o público pode interagir com a categoria e com os pilotos. Especialmente, através do sistema fanboost, que é um impulso de potência extra disponível para o piloto, o qual pode ser usado durante a segunda metade da corrida para facilitar as ultrapassagens ou aumentar a distância sobre os adversários.

Apenas cinco pilotos podem utilizar o recurso, os quais são definidos após a votação pelos torcedores, por meio do site oficial da Fórmula E ou das redes sociais da categoria. Cada torcedor escolhe um piloto e os mais votados garantem o “empurrãozinho” durante a prova.

Regulamento define dimensões do chassi e cada equipe desenvolve o próprio trem de força

O regulamento da Fórmula E estabelece condições iguais entre os competidores: as dimensões de comprimento, largura e altura dos carros, bem como os pneus que serão utilizados. Mas em relação ao pacote técnico, os bólidos são diferentes uns dos outros.

Isso se aplica ao trem de força, que é desenvolvido individualmente dentro de cada uma das 12 equipes inscritas no campeonato. No caso da Porsche, por exemplo, a unidade de potência do modelo 99X Electric foi desenvolvida especificamente para o monoposto. A tecnologia de 800 volts que energiza o trem de força permite a capacidade de potência máxima de 250 kW, o que equivale a 340 cavalos.

Fanboost: torcedores definem por votação os pilotos que contarão com impulso de potência

Durante a corrida, a potência é limitada em 200 kW (272 cv), devido ao regulamento. Contudo, o Attack-Mode (modo de ataque) pode aumentar para 235 kW (320 cv) e o Fanboost estende o desempenho para até 250 kW (340 cv). Além disso, a recuperação de eletricidade por meio do sistema de freios é um tópico fundamental durante as provas. Afinal, se a energia da bateria de íons de lítio se esgotar por completo, isso significa fim de prova por “pane seca”. O Porsche 99X Electric pode recuperar até 250 kW, com capacidade utilizável da bateria de 52 kWh.

Ajustado para o modo de corrida, o Fórmula E pode acelerar de zero a 100 km/h em apenas 2,8 segundos, com velocidade máxima de 280 km/h.

Nelsinho Piquet foi o primeiro campeão da Fórmula E, na temporada 2014/2015

A temporada inaugural da Fórmula E foi disputada em 2014, e teve Lucas di Grassi como vencedor da prova de estreia, em Pequim, e Nelsinho Piquet (2014/2015 e 2018/2019) como primeiro campeão. De lá para cá, outros dois brasileiros, Bruno Senna (2014/2015 e 2015/2016) e Felipe Massa (2018/2019 e 2019/2020), também alinharam no grid da categoria – todos os quatro com passagens anteriores pela Fórmula 1.

Confira a primeira metade do calendário 2020/2021 da Fórmula E:

ETAPADATALOCAL
26/2Riad (Arábia Saudita)
27/2Riad (Arábia Saudita)
10/4Roma (Itália)
24/4Valência (Espanha)
08/5Monte Carlo (Mônaco)
22/5Marrakesh (Marrocos)
05/6Santiago (Chile)
06/6Santiago (Chile)

*Sujeito a alterações

Fonte: FIA Formula E, TV Cultura, Globo Esporte e Porsche Motorsport I Tradução e edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação

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