Conforme anunciado logo após a fusão dos grupos Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e Peugeot SA (PSA) ter sido aprovada pelos acionistas de ambas as companhias, começou a operar desde o último sábado (16) a nova empresa combinada, que passa a se chamar Stellantis.
O Conselho de Administração eleito para a nova companhia é composto por dois diretores executivos, John Elkann (Chairman) e Carlos Tavares (Presidente-executivo), e nove diretores não-executivos, envolvendo representantes trazidos de ambos os grupos associados.
Assim, a Stellantis – cujo nome tem origem no verbo latino stello, que, em português, significa “iluminar com estrelas” – nasce como uma companhia global, com 400 mil empregados e operações industriais em mais de 30 países. Segundo a empresa, as marcas associadas cobrem todo o espectro de segmentos de mercado de veículos de passageiros de luxo, premium e convencionais a picapes pesadas, SUVs e veículos comerciais leves, bem como mobilidade, operações financeiras e marcas de peças e serviços consagradas.
Fora isso, atenta ao ainda incipiente mercado de veículos eletrificados, a Stellantis parte de um catálogo com 29 modelos híbridos ou 100% elétricos, e planeja introduzir outros dez produtos desse segmento em pleno crescimento até o final deste ano.
A Stellantis nasce na forma de uma constelação de 16 fabricantes. Isso, porque, de um lado, o grupo Fiat Chysler Automobilies abriga também os emblemas da Abarth, Alfa Romeo, Dodge, Jeep, Lancia, Mopar, Ram e SRT, enquanto no quadrante do Peugeot SA estão incluídas as marcas Citroën, DS Automobiles, Opel e Vauxhall.
De acordo com as informações divulgadas pelas empresas envolvidas, a Stellantis tem sua sede estabelecida em Amsterdã, capital da Holanda, e passa a representar a quarta maior fabricante automotiva global em termos de unidades vendidas (8,7 milhões de veículos), com receitas combinadas de aproximadamente 170 bilhões de euros (ou R$ 1,11 trilhão, aproximadamente) e lucro operacional recorrente acima de 11 bilhões de euros (R$ 72,1 tri), em uma base agregada simples dos resultados de 2018, excluindo Magneti Marelli (componentes e sistemas eletromecânicos) e Faurecia (tecnologia automotiva).
Hoje, as três maiores empresas da indústria automotiva mundial, segundo o portal Investopedia, dos Estados Unidos, são a japonesa Toyota e as alemãs Volkswagen e Daimler (Mercedes-Benz).
Além disso, a Stellantis já conta com presenças bem estabelecidas em três regiões – Europa, América do Norte e América Latina – e avalia um potencial significativo a ser explorado em mercados importantes como China, África, Oriente Médio, Oceania e Índia
Ainda de acordo com as perspectivas apresentadas pela Stellantis, a empresa espera alavancar seu tamanho e economias de escala para viabilizar o investimento em soluções de mobilidade inovadoras para seus clientes, visando sinergias anuais de mais de 5 bilhões de euro (R$ 32,5 bi), em condições estáveis.
Essas estimativas de sinergia serão alcançadas por meio da implementação de estratégias inteligentes de compras e investimentos, prevê a empresa, otimizando a utilização de plataformas e powertrain (conjuntos de motor e câmbio aplicando P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) de ponta e um foco contínuo em eficiência de fabricação e processos. Ainda de acordo com a Stellantis, esse planejamento de sinergia não se baseia no fechamento de qualquer unidade de produção atualmente em atividade e incorporada pela fusão.
A nova empresa começou a ser negociada ontem, 18 de janeiro, na Euronext (Paris) e na Borsa Italiana (Milão) e hoje na Bolsa de Valores de Nova York.
Fonte: FCA do Brasil e Investopedia I Edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação