A Pirelli apresentou hoje o Circuito Panamericano, seu novo campo de provas para desenvolvimento de pneus, localizado na cidade de Elias Fausto, no interior de São Paulo, a 130 km a noroeste da capital.
Distribuído pelo terreno de 1.650.000 m², o complexo de sete pistas, que somam 22 km de extensão, é o maior da América Latina, segundo a empresa, equivalente a oito vezes o espaço da antiga sede, em Sumaré, também no interior do estado.
As novas pistas são formatadas para diferentes tipos de testes de veículos de duas ou quatro rodas, sobre pisos pavimentados ou fora de estrada, e permitem a realização de até 15 avaliações diferentes, ao mesmo tempo.
As áreas construídas e de rodagem somam cerca de 205.000 m² e oferecem dependências modernas, com auditório, salas de briefing e de reunião.
Cada um dos três boxes de serviços, por exemplo, ocupa uma superfície de 240 m² (comparável à de um espaçoso apartamento), oferecendo toda a estrutura necessária como escritório climatizado, rede de ar-comprimido e portas automáticas, entre outras facilidades. Confira no vídeo:
Segundo a Pirelli, o espaço também poderá ser utilizado por montadoras e outros parceiros da fabricante de pneus, para a realização de avaliações técnicas e atividades corporativas.
E sob o lema Your Best Time is Here (“Seu melhor tempo é aqui”), a partir de 2021 as instalações também estarão disponíveis para eventos de pilotagem e do tipo Track Day, reunindo proprietários de veículos de alto desempenho.
“O Circuito Panamericano é maior e mais versátil em relação à antiga pista de provas, graças à estrutura multipista que permite a realização de um número maior e mais sofisticado de testes, otimizando também o tempo de desenvolvimento”, afirma Roberto Falkenstein, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Pirelli para a América Latina. “A estrutura lança mão da tecnologia de ponta disponível no setor para reforçar o desenvolvimento dos produtos da Pirelli e dos parceiros, em prol do consumidor”, completa.
Também de acordo com a Pirelli, o complexo de testes está alinhado ao seu esforço para preservar e minimizar o uso dos recursos naturais e utilizará somente água de reuso para o sistema de irrigação automática das pistas, entre outras medidas sustentáveis.
Conheça as pistas do Circuito Panamericano:
Dry Handling (3.400 m): traçado para testes de dirigibilidade e desempenho em pista seca, na qual os veículos são submetidos a manobras feitas no limite de aderência dos pneus.
Wet Handling (2.000 m): pista para testes de dirigibilidade e performance com pista molhada artificialmente, também para aferição do ponto máximo de aderência dos compostos.
Steering Pad (raios de 40, 43,7, 47 e 50,5 m): é o traçado onde se realizam os testes de aceleração lateral em pista seca ou molhada.
Comfort (715 m): aqui acontecem os testes de NVH (Noise, Vibration and Harshness – ou Ruído, Vibração e Aspereza). São feitas avaliações subjetivas, a partir das impressões transmitidas pelos pilotos de teste da Pirelli, ou objetivas, utilizando instrumentos sofisticados de medição.
Testes Especiais (2.500 m): são traçados com certificação ISO 23.671:2015 e que permitem a maior variedade de aferições. Aqui são feitos testes objetivos (com a utilização de instrumentos de medição) em que se destacam: aquaplanagem em curva e reta; frenagem em pista seca e molhada; impacto contra guia; mensuração da área de contato do pneu com o solo; detalonamento (descolamento da roda); e ruído interno (em seis tipos diferentes de superfícies), entre outras possibilidades.
Ruído Externo (1.000 m): possui duas áreas de medição certificadas pela ISO 10.844:2014. Nelas, são feitos testes em que se capta o ruído externo ao veículo, em conjunto com equipamentos como o coast-by-noise e pass-by-noise.
Circuito off-road (1.900 m): voltado a testes de dirigibilidade, controle e tração em várias condições de off-road (terra, lama e grama).
Com essa estrutura, afirma a Pirelli, o Circuito Panamericano se torna um novo polo fundamental para o seu departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, conectando-se aos outros 11 centros semelhantes mantidos pela fabricante no mundo, bem como às cerca de duas mil pessoas envolvidas no desenvolvimento de pneus.
Ainda segundo a empresa, o projeto do novo campo de provas teve início em 2012 e até sua conclusão foram investidos de cerca de R$ 90 milhões.
Vale lembrar que em 2016 o conglomerado chinês ChemChina (China National Chemical Corporation) confirmou a aquisição de 26,2% das ações da multinacional italiana por 7,1 bilhões de euros (cerca de R$ 24,4 bilhões, na ocasião), passando a deter a fatia majoritária das ações da Pirelli, que atualmente é a sétima maior fabricante global de pneus.
Fonte: Pirelli do Brasil I Edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação