Mais do que uma de suas atribuições, oferecer o transporte escolar adequado é dos maiores desafios para as prefeituras de municípios do interior do país, responsáveis por levar esse serviço também às zonas rurais.
Estradas de terra íngremes e esburacadas, que se transformam em pântanos depois das chuvas, são, muitas vezes, obstáculos até intransponíveis para que os alunos dessas comunidades tenham acesso às aulas com a mesma frequência, pontualidade e segurança dos colegas que moram na cidade.
Voltado para esse e outros segmentos de transporte de passageiros que necessitam de um veículo apto para enfrentar condições severas e no fora-de-estrada, a Volare – fabricante de miniônibus (ou micros) e líder do mercado nacional, pertencente ao Grupo Marcopolo, sediado em Caxias do Sul, RS -, desenvolveu uma configuração dedicada do seu miniônibus V8L.
Redesenhado com características técnicas específicas, o Volare Escolarbus Attack 8 4X4conta com sistema de tração também no eixo dianteiro (acionado quando necessário pelo motorista), caixa de transmissão com marcha reduzida e suspensão redimensionada com maior elevação e componentes reforçados, entre outras modificações.
Com isso, ele se torna habilitado a trafegar por regiões onde um veículo com tração convencional não tem condições – como locais de difícil acesso e estradas secundárias, por exemplo – oferecendo maior conforto, rapidez e, principalmente, segurança aos ocupantes.
Segundo a fabricante, o Volare V8L 4X4 – antecessor do Escolarbus Attack 8 – foi o primeiro veículo brasileiro concebido especialmente para o transporte escolar com essas características, lançado em 2011.
De lá para cá, no entanto, o modelo passou a receber outras configurações, atendendo as necessidades de segmentos como deslocamento de trabalhadores em mineradoras e obras de infraestrutura, turismo de aventura, motorhomes e até como carro oficina em provas de rali.
Na configuração Escolarbus Attack 8 4X4, o Volare V8L é homologado para o Peso Bruto Total de 3.000 kg. O modelo é impulsionado pelo motor dianteiro Cummins ISF 3.8 Euro V, de 3.760 cm³, com 152 cv de potência e 45,8 kgfm (a 1.500 rpm) de torque máximo.
O câmbio manual usa a caixa Eaton 4505 C, de cinco velocidades e uma à ré. Acoplado nele, o sistema de transmissão exclusivo dessa configuração para o fora de estrada oferece três opções de utilização, de acordo com as condições do pavimento. Por meio do seletor giratório no painel, o motorista seleciona entre o modo 4X2, com tração somente nas rodas traseiras; 4X4, com tração nas quatro rodas; e 4X4 com reduzida, para uso em terrenos com baixíssima aderência ou com risco de atolamento.
O Volare Escolarbus Attack 8 4X4 possui também suspensão reforçada e freios com acionamento eletropneumático. A carroceria apresenta saia lateral mais alta, o que proporciona ângulos de entrada e saída maiores, resultando em maior facilidade para passar por lombadas e depressões na via, assim como mais segurança em manobras e deslocamentos.
O modelo 4×4 é equipado ainda com estepe no bagageiro traseiro e proteções contra impactos para o cárter do motor e tanque de combustível, com capacidade para 110 litros.
O Escolarbus Attack 8 4X4 tem capacidade para transportar até 31 passageiros sentados, e conta com assoalho em alumínio, porta exclusiva para facilitar o acesso de portadores de necessidades especiais, janelas com vidro superior móvel e dois renovadores de ar no teto, além da sinalização diferenciada.
A cabine dos passageiros oferece poltronas de dois lugares ou sofás de três, revestidos em vinil; cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes; porta-pacotes em chapa estampada; lixeiras dianteira e traseira; e rádio AM/FM.
O motorista conta com parede de separação em vidro; poltrona hidráulica; desembaçador e ar quente; alto-falantes; sirene de marcha à ré; sensor de estacionamento traseiro; câmera de ré; e conjunto de espelhos que permite total visualização em torno do veículo.
Na tabela Fipe, o Volare V8L 4X4 tem preço básico de R$ 330.533. De acordo com a fabricante, o modelo é responsável por ampliar a sua participação no mercado, sobretudo em municípios e comunidades das áreas rurais.