McLaren Senna bate recorde de velocidade em Interlagos

Esportivo feito inteiramente em fibra de carbono e empurrado pelo V-8 de 800 cv é o novo dono da volta mais rápida no circuito paulistano entre carros 100% originais




McLaren Senna bate recorde de velocidade em Interlagos

Mais de três décadas depois, o binômio McLaren-Senna volta a consagrar o asfalto de Interlagos com uma volta voadora.

A bordo do supercarro que leva os nomes da tradicional equipe e do ídolo brasileiro – que, juntos, conquistaram três títulos de Fórmula 1 -, o tricampeão de Stock Car Ricardo Mauricio percorreu os 4.309 m do traçado de Interlagos em 1min37s856, recorde do circuito para carros de rua originais de fábrica. A marca foi obtida durante um evento promovido pela UK Motors, concessionária oficial da McLaren no Brasil.

Recorde: McLaren Senna percorreu os 4,3 km de Interlagos em 1min37s856, à média de 158,485 km/h

Maurício e o McLaren Senna pulverizaram o recorde logo na primeira tentativa. O piloto saiu do box, deu uma volta para descobrir os limites do carro e, na seguinte, obteve o tempo de 1min41s422, melhorando em 1s6 o recorde anterior (com 1min43s087), estabelecido pelo Porsche 911 S, em junho deste ano.

Nas tentativas seguintes (seis no total, alternadas com paradas no box), os tempos foram baixando até ser atingida a melhor marca do dia, com 1min37s856 na 20ª volta percorrida. Na última saída, o McLaren Senna conseguiu o segundo melhor tempo da série, com 1min37s879, apenas 0s023 mais lenta que a volta recorde. No total, foram 25 voltas, incluindo as de aquecimento e de retorno aos boxes.

A média horária da volta mais rápida foi de 158,485 km/h e a velocidade mais alta (esta, registrada pelo próprio Mauricio ao olhar o painel) foi de 295 km/h, no fim da reta dos boxes. A cronometragem oficial ficou a cargo da mesma equipe que registrou o recorde anterior.

Totalmente original, modelo conduzido por Ricardo Maurício chegou a 295 km/h na reta dos boxes

O McLaren Senna, pintado na cor green british racing (verde musgo) estava totalmente original, inclusive equipado com os pneus Pirelli Trofeo R com os quais saiu da fábrica. O modelo de dois lugares permite várias opções de regulagens de asa, eletrônica e outros, mas elas permaneceram inalteradas.

“Foi sensacional! Já haviam me falado que o carro era muito emocionante de pilotar e isso se comprovou na pista. Muito potente, com torque e aceleração muito fortes”, elogiou Maurício.

Modelo faz homenagem ao espírito competitivo de Ayrton Senna, tricampeão de F1 pela McLaren

Concebido para homenagear o espírito vencedor de Ayrton Senna, o McLaren Senna é um dos carros de rua mais extremos já construídos pela McLaren Automotive, com produção limitada a 500 unidades. Seu motor V8 biturbo de 3.994 cm³ de cilindrada entrega a potência brutal de 800 cv, assim como o torque de 81,5 kgf.m, permitindo o legítimo desempenho de carro de corrida: aceleração de zero a 100 km/h em 2,8 segundos, zero a 200 km/h em 6s8 e de zero a 300 km/h em 18s8. A velocidade máxima é de 335 km/h.

Toda a carroceria é moldada em fibra de carbono e a carga aerodinâmica gerada pode chegar a 800 kg. O carro pilotado por Mauricio em Interlagos é um dos quatro McLaren Senna importados oficialmente ao Brasil e o primeiro a ser entregue, em junho de 2019.

Feras na pista: o multicampeão Ricardo Maurício e o McLaren Senna, de 800 cv

O paulistano Ricardo Mauricio é um dos pilotos brasileiros mais vitoriosos em atividade. Após acumular títulos no kart, onde começou a correr aos dez anos de idade, no próprio kartódromo de Interlagos, estreou no Brasileiro de Fórmula Ford em 1995, conquistando o Campeonato logo na primeira temporada.

Partindo para a carreira internacional nos monopostos, disputou as Fórmula 3 inglesa, a F3 espanhola, na qual foi campeão em 2003, e F3000. Emendando com as classes de turismo, faturou o título da TC 2000, na Argentina, 2009. Desde que retornou ao automobilismo nacional, em 2004, venceu outros sete campeonatos: três na Stock Car (2008, 2013 e 2020), três em Marcas e Pilotos (2012, 2013 e 2014) e um no Endurance Brasil (2017). Ou seja, mão de obra mais do que especializada para extrair o desempenho extremo do McLaren Senna.

Fonte: UK Motors I Edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação




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