Desde a sua estreia, em 2019, a Honda CB 1000R, produzida em Manaus, surgiu como uma daquelas superbikes que povoam os sonhos dos apaixonados pelas duas rodas, especialmente os fãs do estilo naked – ou “pelada”, traduzindo para o nosso idioma. Três anos depois, ao evoluir para a segunda geração, ela adicionou ao seu design despojado o conceito Neo Sports Café, caracterizado pelo visual ainda mais minimalista – o famoso “menos é mais” -, reforçando sua personalidade desgarrada.
Agora, com as alterações introduzidas no modelo 2022, o caráter premium da CB 1000R ganha maior relevância, tanto em estilo quanto em desempenho. No entanto, indo muito mais além, a naked mil da Honda acaba de adicionar a configuração Black Edition, que pode ser considerada como uma customização de fábrica, destacando-se pelo intensivo uso da cor preta em praticamente todas as superfícies, agregando à moto uma aparência ainda mais marginal, além de acessórios exclusivos de série.
De forma geral, a CB 1000R 2022 reforça as linhas agressivas e avançadas do modelo, com novos padrões e detalhes de acabamento. Outro destaque é o inédito painel de instrumentos colorido, que inclui o sistema multimídia Honda RoadSync, incorporado à tecnologia Honda Smartphone Voice Control System (Hsvcs), que permite a integração com smartphones e controles por meio de comandos de voz.
A parte ciclística não tem alterações, porém o motor teve o sistema de gerenciamento eletrônico da injeção de combustível PGM-FI reprogramado, o que resulta em melhor entrega de potência, segundo a fabricante.
Como pioneira do estilo Neo Sports Café, a Honda CB 1000R ostenta personalidade ousada, tendo no motor um elemento de grande força em termos estéticos. Com apenas seis componentes feitos de plástico, cada detalhe da nova naked foi desenhado com os melhores materiais disponíveis para criar um acabamento excepcional.
O sinuoso subchassi de alumínio foi totalmente redesenhado e agora tem aparência prateada na configuração básica da moto, destacando-se na parte traseira da nacked, onde o suporte de placa teve o tamanho reduzido. As molduras do radiador trazem design acentuadamente dinâmico, mais compactas e inclinadas, com aparência em alumínio polido, padrão que se repete nas tampas da caixa do filtro do ar.
O farol redondo, componente de forte identidade da CB 1000R, ganhou moldura ovalada e maior inclinação para trás, além da posição mais recuada entre as bengalas da suspensão.
Nele, o conjunto óptico totalmente de LED (Diodo Emissor de Luz) tem a iluminação principal dividida em dois blocos horizontais, contornados pela iluminação de rodagem diurna DRL (Daytime Running Light) em forma de gota. As luzes de direção trazem a clássica cor âmbar, com lentes brancas.
Enquanto isso, tudo na CB 1000R Black Edition tem acabamento na cor preta, incluindo o farol cônico e sua carenagem minimalista, suspensão dianteira, as molduras do radiador, tampas da caixa do filtro do ar (com acabamento anodizado) e todo o sistema de escape, inclusive a ponteira. Já o tanque e a capa do banco do passageiro, equipamento exclusivo da edição especial, apresentam aparência grafitada.
As exceções ao padrão escurecido são os detalhes em alumínio usinado, vistos nos raios das rodas, balança da suspensão traseira, tampas do motor e apoios nas extremidades do guidão, onde se veem gravados os logotipos “CB”.
A posição de pilotagem na nova CB 1000R permite a natural inclinação do condutor para a frente, graças ao triângulo formado pelo guidão largo de alumínio, banco com 830 mm de distância do solo e pedaleiras levemente recuadas. O tanque de combustível, com capacidade para 16,1 litros, é bojudo, mas oferece reentrâncias laterais para encaixe dos joelhos.
O assento bipartido é revestido de couro com costura contrastante e acabamento perfurado, sugerindo o trabalho artesanal.
Sem alterações, a ciclística da CB 1000R 2022 tem como base o quadro do tipo diamond – no qual o motor integra a estrutura da moto –, feito de aço, com longarina única e duas robustas placas de alumínio que suportam a balança da suspensão traseira longa (574,2 mm), com desenho monobraço, solução que é uma assinatura trazida da CB 1000R Neo Sports Café.
A distância entreeixos mede 1.452 mm, com cáster de 25° e trail de 100 mm. O peso seco da nova CB 1000R standart é de 200 kg, um a menos do que o da Black Edition. A distribuição de massas equilibrada entre as rodas é de 48,5% na dianteira e de 51,5% na traseira.
O conjunto de suspensões é composto, na frente, pelo sistema SFF-BP – Separated Function Fork Big Piston –, produzido pela japonesa Showa, com garfo duplo formado por tubos de 43 mm, no qual um deles é responsável pelo amortecimento, enquanto o outro tem a função de mola. Tal arquitetura, segundo a Honda, permitiu reduzir o peso e conciliar eficiência e conforto em uma ampla gama de utilizações, graças à compressão otimizada e ao amortecimento de rebote.
Na traseira, a balança com braço único que conecta o chassi à roda conta com o sistema de monoamortecedor Single Showa, com 13,2 cm de curso, regulagens da pré-carga da mola e da pressão de amortecimento. Finalizando a geometria da CB 1000R 2022, as novas rodas de alumínio fundido, com aros de 17 polegadas e sete raios, exalam elegância e ousadia, e são montadas com pneus 120/70 ZR, na frente, e 190/55 ZR, atrás.
A frenagem com sistema ABS de dois canais fica a cargo, na dianteira, de cálipers (pinças) de quatro pistões com montagem radial, que atuam em dois discos flutuantes de 310 mm de diâmetro, resultando numa impressionante eficiência e alta sensibilidade, garante a Honda.
Atrás, o conjunto integrado ao freio dianteiro (ou seja, recebe parte da pressão quando o manete direito é acionado) e à tecnologia ABS é composto por disco de 256 mm e pinça de dois pistões, oferecendo elevado controle de atuação.
O sistema de freios é complementado pela tecnologia Emergency Stop Signal (ESS), voltada à prevenção de colisões traseiras e já adotada em automóveis de luxo.
No caso de uma frenagem brusca, sua função é acionar automaticamente o pisca-alerta, fazendo com que as setas traseiras sinalizem aos veículos que vêm a seguir sobre uma situação de emergência, estendendo o tempo de reação dos demais condutores.
O icônico motor tetracilíndrico em linha de 998 cm³ da CB 1000R, com duplo comando de válvulas no cabeçote (Dohc), tem sua origem na superesportiva CBR 1000RR Fireblade. Nesta terceira geração da naked, porém, ele conta com uma nova programação do sistema de injeção eletrônica, o PGM-FI, que resultou, na prática, na entrega de potência mais progressiva e em respostas mais ágeis ao acelerador.
Com isso, a CB 1000R 2022 rende 142,8 cv de potência a 10.500 rpm e seu caráter esportivo mantém o tradicional alto giro, oferecendo forte ritmo de pilotagem e rápidas acelerações.
Adaptado para a naked, o propulsor tem a faixa vermelha do conta-giros a partir de 11.500 rpm, com o limitador de rotação entrando em ação aos 12.000 giros. O elevado torque de 10,2 kgf.m, especialmente entre 6.000 e 8.000 rpm, torna o motor mais elástico, diminuindo a necessidade de reduções de marcha para ganhar velocidade rapidamente, segundo a Honda.
Ainda de acordo com a fabricante, isso se deve, também, ao reescalonamento das engrenagens do câmbio de seis marchas, garantindo retomadas mais vigorosas, especialmente entre 30 e 130 km/h.
A nova caixa do filtro do ar, assim como os dutos de admissão e o próprio elemento filtrante, proporcionaram melhoria do fluxo. Tal mudança reduziu as perdas de pressão, otimizando o fluxo nos corpos de borboleta de 44 mm de diâmetro, que alimentam as quatro câmaras de combustão cuidadosamente desenhadas, onde trabalham pistões de alumínio forjado.
O escape 4-2-1, com quatro catalisadores compactos instalados dentro da câmara principal, favorecem a potência em médias rotações, além de contribuir para a redução de peso. A sonoridade que sai da ponteira única foi aperfeiçoada e, acima das 5.500 rpm, o “urro” emitido pela CB 1000R fica mais alto e intimidador.
A nova embreagem do tipo deslizante previne repentinas perdas de aderência da roda traseira no caso de reduções de marcha extremas, frequentes na pilotagem esportiva; fora isso, a assistência para acionamento do manete reduz em 12% o esforço exigido do piloto.
No aspecto técnico, a única diferença da Honda CB 1000R Black Edition em relação ao modelo standard é o sistema quickshifter (ou “trocador rápido”, em tradução livre), que permite mudanças de marcha sem o uso da embreagem e, por isso, mais ágeis.
O sistema Throttle By Wire (TBW) de acelerador eletrônico proporciona o controle preciso da entrega de potência do poderoso motor da CB 1000R. Ao mesmo tempo, o sistema Honda Selectable Torque Control (Hstc) – que pode ser desativado, se o condutor assim preferir – foi desenvolvido para limitar eletronicamente o deslizamento da roda traseira, fornecendo a tração ideal para cada tipo de piso.
Para isso, sensores monitoram constantemente a velocidade da roda e intervêm para controlar o torque em tempo real. São três níveis de despejo de potência (P) e de atuações do freio-motor (EB) e do controle de tração (TC) programados de fábrica – “Rain” (chuva), “Standart” (padrão) e “Sport” -, além do “User”, personalizável. A seleção desses modos é realizada no punho esquerdo, com visualização no painel de instrumentos.
Visando reduzir o risco de a roda traseira patinar no piso úmido ou encharcado, o modo “Rain” aplica menos potência, freio-motor médio e controle de tração elevado para as três primeiras marchas. No modo “Standart”, ideal para uso no dia a dia com tempo seco, usa níveis médios de potência, freio-motor e de controle de tração, suavizando a entrega de força em primeira e segunda marchas, e usa uma curva de torque pouco abaixo ao do modo “Sport” com o acelerador parcialmente aberto.
Já o modo “Sport” despeja toda a potência disponível e emprega os níveis mais baixos de freio-motor e de controle de tração, para oferecer o máximo de desempenho em todas as faixas de utilização. Finalmente, o modo “User” permite ao condutor dosar cada parâmetro conforme suas preferências e memoriza tais opções.
Outro destaque desta nova geração da CB 1000R é o inédito painel de instrumentos com tela colorida de cinco polegadas (12,7 cm) e tecnologia TFT – sigla de Thin Film Transistor”, ou “transístor de película fina” -, que oferece melhor definição das imagens.
São quatro os tipos de visualização dos instrumentos como velocímetro e conta-giros, selecionáveis de acordo com a preferência do condutor; também é possível usufruir da tecnologia “multi-color line” para ativar o shift light ( a luz que indica o momento ideal para a mudança de marcha), bem como para a indicação do nível e do consumo de combustível, seleção do modo de pilotagem, parâmetros do motor e indicador da marcha engatada.
O novo painel também incorpora o sistema Honda Roadsync, que permite conectá-lo ao smartphone e, assim, oferecer ao condutor várias facilidades como gestão de chamadas telefônicas e de mensagens, seleção de músicas e informações de navegação. Essa tecnologia também estreia o recurso Hsvcs (Honda Smartphone Voice Control System), que possibilita controlar as funções do painel não só pelo punho esquerdo, mas também por meio de comandos de voz.
Para isso é necessário usar capacete com sistema de áudio e microfone incorporados, que se conecta ao smartphone e painel de instrumentos via Bluetooth. A gestão do sistema Hsvcs também pode ser feita a partir dos botões no guidão
A chegada desse novo lançamento da Honda às concessionárias de todo o país acontece neste mês de abril. O preço sugerido para a CB 1000R (com base no Distrito Federal) é de R$ 69.000 e as cores disponíveis são vermelho metálico ou prata. Para a CB 1000R Black Edition o preço sugerido é de R$ 76.750, na exclusiva cor preto perolizado.
Ambas as configurações têm garantia de três anos, sem limite de quilometragem, além do Honda Assistance (assistência 24 horas) durante o período de garantia.
Fonte: Honda Motos do Brasil I Edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação