A Kawasaki acaba lançar no mercado nacional a nova linha de modelos médios voltados para o asfalto, formada pela naked Z650, com preço de R$ 37.490, e pela superesportiva Ninja 650, que sai por R$ 39.990 (valores sem inclusão do frete), ambas montadas em Manaus.
Separadas pelo design, elas compartilham todo o conjunto ciclístico – composto por chassi em treliça, freios redimensionados, balança traseira com novo desenho e os estreantes pneus Dunlop –, bem como o motor bicilíndrico paralelo, agora mais compacto, mas mantendo os 68 cv de potência do modelo anterior, lançado em 2017.
A nova naked Z650 desembarca no mercado nacional ainda mais confortável e refinada. O design está ainda mais agressivo, graças às mudanças no estilo Sugomi – inspirado na posição do predador pronto para o ataque, com a frente baixa e traseira elevada – e à iluminação totalmente de LEDs nos faróis, piscas e lanterna traseira com a assinatura Z.
Compacto, o conjunto dianteiro da moto – envolvendo o farol, carenagem frontal e entradas de ar laterais junto ao tanque de combustível (com capacidade para 15 litros) – passa a impressão de força e ímpeto.
Nas laterais, chama a atenção a aparência literalmente “pelada” (naked), com o chassi e o motor totalmente à mostra, assim como a nova balança em forma de asa de gaivota e o cintilante sistema de exaustão feito de aço inoxidável.
Da rabeta esportivamente elevada projeta-se o paralama com desenho minimalista, onde são fixados o suporte de placa e as luzes traseiras.
A Kawasaki Z650 2021 está disponível em duas combinações de cores: pintura externa e carenagens na cor preta metalizada com grafismos em vermelho e chassi também em preto fosco. Ou, opcionalmente, com acréscimo de R$ 500, pode trazer os detalhes externos, chassi e filetes laterais dos aros na cor verde cítrico metálico (Candy Lime Greeen), que caracteriza a marca japonesa.
Vestida para acelerar, por sua vez, a Ninja 650 também adota faróis em LED, que aumentaram o poder de iluminação e permitiram o design mais afilado do grupo óptico.
O parabrisa (bolha), agora mais baixo e ligeiramente inclinado, melhora a proteção contra o vento e reduz o arrasto com o ar. Além disso, as carenagens laterais que cobrem o motor passam a ser fixadas por presilhas internas, deixando o visual externo mais limpo.
As luzes indicadoras de direção integradas às carenagens laterais, na altura do para-lama dianteiro, tornam o visual mais enxuto e agressivo. A fim de proporcionar leveza e conforto na pilotagem, somente manetes e punhos de comando estão fixados ao guidão; os retrovisores retráteis são ancorados na carenagem frontal.
Totalmente abrigado pela bolha, o painel oferece a mais perfeita visualização das informações, não importando as condições de luz ambiente. A Ninja 650 é oferecida exclusivamente na cor externa preta metalizada, com grafismos em cinza e verde, além do chassi em preto fosco.
As novas Kawa 650 compartilham o quadro do tipo “diamante” (no qual o motor faz parte da estrutura), formado por tubos de aço com arquitetura em treliça.
Nas duas versões, os conjuntos de suspensões são fornecidos pela Kayaba. Na dianteira, o garfo telescópico tem bengalas com diâmetros de 41 mm e curso de 125 mm. O sistema traseiro horizontal tipo back-link estreia a balança com desenho “asa de gaivota”, combinada ao amortecedor regulável, de 130 mm de curso, e mola com pré-ajuste de carga.
Os freios com sistema ABS, produzidos pela Nissin, usam dois discos com recorte externo do tipo “margarida”, de 300 mm de diâmetro, e pinças flutuantes de dois pistões, na dianteira, enquanto na roda de trás é instalado disco único de 220 mm, com o mesmo desenho, e pinça de pistão simples. A segurança e o conforto são aprimorados com manetes de freio e de embreagem ajustáveis em cinco níveis de tensão, de acordo com a maneira de pilotar e ao tamanho das mãos.
Complementam a ciclística das novas Kawa 650 as rodas de liga leve com desenho de cinco raios e aro de 17 polegadas, montadas com os novos pneus Dunlop Sportmax Roadsport 2, medindo 120×70, na frente, e 160×60, atrás.
O motor de dois cilindros paralelos e exatos 649 cm³, arrefecido a líquido, teve os componentes móveis internos redesenhados, especialmente o virabrequim, resultando no volume externo mais curto e estreito, o que traz vantagens para a distribuição de peso da moto e para o conforto do piloto, já que as pernas podem ficar mais juntas.
Mesmo assim, não houve alteração na força gerada pelo propulsor, que rende 68 cv de potência máxima a 8.000 rpm, e pico de torque de 6.7 kgf.m a 6.500 giros. A alimentação é feita por sistema de injeção eletrônica de corpo duplo.
O duplo controle de válvulas do acelerador oferece tração linear e suaviza as respostas do punho direito, além de contribuir para a economia de combustível, mostrada através do indicador ECO no painel. Conforme os dados mencionados na apresentação, a média do consumo rodoviário dos dois novos modelos fica em torno dos 23 km/l. Multiplicada pela capacidade do tanque (15 l), a autonomia na estrada pode ser estimada em cerca de 345 km.
O conjunto de exaustão, formado pelo escape e catalisador, é adequado ao padrão Euro4 de emissão de poluentes e seu peso concentrado embaixo da motocicleta contribui para baixar o centro de gravidade e elevar a sensação de leveza na pilotagem.
O câmbio de seis velocidades, com transmissão final por corrente, é combinado à embreagem assistida e deslizante Kawasaki, que suaviza nas trocas de marchas e evita o bloqueio e a perda de aderência na roda traseira em reduções bruscas, próprias da pilotagem esportiva.
A ergonomia e a posição de pilotagem foram melhoradas com os novos estofamentos dos bancos do piloto e garupa, que ganharam 5 mm na esperssua ada espuma interna. O assento do piloto também ficou mais confortável com os 10 mm mais na largura e o ligeiro estreitamento na junção com o tanque, que proporciona o encaixe perfeito das pernas.
A altura em relação ao solo de apenas 790 mm não foi alterada, permitindo que pilotos de ambos os sexos, ou de pouca estatura, apoiem totalmente os dois pés no chão.
O novo painel das Kawasaki 650 possui tela tátil de 4,3” (10,9 cm) com tecnologia TFT (Thin Film Transistor, ou Transistor de Película Fina), que garante maior resolução das imagens, independentemente da luz ambiente. O visor permite aos usuários escolher entre duas cores de fundo, branca e preta, além de quatro níveis de luminosidade.
Assim, fica fácil a leitura de informações como: velocímetro e conta-giros digitais; indicador de marcha utilizada; nível de combustível; hodômetros total e dois parciais; consumo de combustível instantâneo e previsão de autonomia; velocidade média; tempo total desde o último reinicio; relógio; temperatura do líquido de arrefecimento; carga da bateria; lembretes da agenda de manutenção e de troca de óleo; notificação de email e chamadas recebidos no smartphone; e indicador de modo ECO.
O painel também inclui a shift light, a luz de alerta para as trocas de marcha, exibido na barra de rotações do motor (RPM) vai mudando de cor até ficar toda laranja; ao atingir a faixa limite de rotações ajustada pelo usuário, a barra começa a piscar, indicando que é o momento de mudar a marcha.
Por meio da conexão via Bluetooth, é possível conectar o smartphone à motocicleta para ter acesso ao histórico da moto e ver arquivos de dados de pilotagem através do Rideology The App, que fornece, na palma da mão, dados similares à telemetria das motos de competição. Com isso, é possível rever no mapa as condições de velocidade, rotação do motor e marcha utilizada, de acordo com o ponto do percurso, tudo em um gráfico de fácil leitura.
Além disso, o piloto pode conferir os dados de aceleração, frenagem e até mesmo de força G (acelerações nos eixos longitudinal e transversal), informações que vão impulsionar as conversas após os treinos ou os track days, como são chamados os eventos de experiência de pilotagem para proprietários de máquinas potentes, realizados em autódromos ou circuitos preparados especialmente para esse fim.
Fonte: Kawasaki do Brasil I Edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação
Modelo | Kawasaki Ninja 650 2021 |
Origem | Brasil |
Preço sugerido | R$ 39.900 (sem frete) |
Garantia | 2 anos |
Tipo | Quadro do tipo “diamante” (diamond) |
Construção | Estrutura tubular de aço em treliça |
Cobertura | Carenagens frontal e laterais de plástico de alta resistência |
Comprimento | 2.055 mm |
Largura | 740 mm |
Altura | 1.145 mm |
Entreeixos | 1.410 mm |
Vão livre do solo | 130 mm |
Altura do assento | 790 mm |
Peso total (em ordem de marcha) | 193 kg |
Ocupantes | 2 |
Bagageiro | N/D |
Tanque de combustível | 15 litros |
Tipo | Combustão, dois cilindros em linha, arrefecido a líquido, gasolina, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote (Dohc), injeção eletrônica de combustível com corpo duplo de 36 mm de diâmetro, cada |
Diâmetro x curso | 83 x 60 mm |
Cilindrada | 649 cm³ |
Taxa de compressão | 10,8:1 |
Potência | 48 cv / 8.000 rpm |
Potência específica | 73,8 cv/litro |
Peso/potência | 4,02 kg/cv |
Torque | 6,7 kgf.m / 6.500 rpm |
Tipo | Pedal, embreagem multidisco banhada em óleo, com sistema antideslizante e acionamento mecânico com cinco posições de ajuste |
Marchas | 6 |
Transmissão final | Por corrente |
Dianteira | Garfo telescópico com amortecedores telescópicos de 41 mm de diâmetro e curso de 125 mm |
Traseira | Sistema Back Link com balança de alumínio do tipo “asa de gaivota”, monoamortecedor ajustável na pré-carga e curso de 130 mm |
Dianteiro | Disco duplo do tipo “margarida”, com 300 mm de diâmetro, e pinças flutuantes de dois pistões |
Traseiro | Disco simples de 220 mm e pinça de pistão simples |
Rodas | Alumínio, 17″ |
Pneus | 120/70ZR 17M/C (58W), na frente, e 160/60ZR 17M/C (69W), atrás |
Combustível | Gasolina |
Urbano (km/l) | N/D |
Rodoviário (km/l) | 23 Km/l |
Conforme dados de fábrica
Aceleração (zero a 100 km/h) | N/D |
Velocidade máxima | N/D |