O grupo FCA – Fiat Chrysler Automobiles – enviou hoje uma carta de intenções ao conselho de administração da montadora francesa Renault propondo a combinação de seus negócios, por meio da fusão em 50/50. A iniciativa propõe a discussão entre as duas empresas para identificar produtos e mercados onde elas poderiam colaborar, particularmente em relação ao desenvolvimento e comercialização de novas tecnologias.
Segundo a proposta, a colaboração mais ampla poderia aumentar substancialmente a eficiência de capital e a velocidade de desenvolvimento de produtos. Fora isso, a fusão também se justificaria pela necessidade de tomar grandes decisões para captar as oportunidades em escala criadas pela transformação da indústria automotiva em áreas como conectividade, eletrificação e direção autônoma.
Na carta, o grupo FCA afirma que a combinação poderia criar uma montadora global, preeminente em termos de receita, volume, rentabilidade e tecnologia, beneficiando os respectivos acionistas e partes interessadas. O negócio combinado poderia vender aproximadamente 8,7 milhões de veículos, anualmente, e se tornar líder em tecnologias de veículos elétricos (EVs), marcas premium, utilitários esportivos (SUVs), picapes e veículos comerciais leves, além de ter uma presença global mais ampla e balanceada do que cada companhia separadamente.
Vale Lembrar que o FCA abrange também as marcas Maserati, Alfa Romeo, Jeep, Dodge e RAM. Por seu lado, a Renault é proprietária da Dacia e Lada, e compõe a chamada Aliança com as japonesas Nissan e Mitsubishi.
Em resposta, a marca francesa divulgou uma nota no final da tarde informando que o seu conselho administrativo se reuniu para examinar a proposta recebida do grupo FCA sobre a potencial fusão. Segundo o comunicado, após rever atentamente os termos da carta, a empresa decidiu “estudar com interesse” a oportunidade para fortalecer a presença industrial do grupo Renault e gerar valor adicional para a Aliança.
A Renault encerra a nota afirmando que irá se pronunciar em momento oportuno para informar ao mercado sobre os resultados destas discussões, de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis.