Arc Vector: a café racer elétrica que mistura humano e máquina

Modelo propõe nova experiência sensorial sobre duas rodas e inclui capacete com tela digital na viseira e jaqueta que usa sinais táteis para interagir com motociclista




Arc Vector: a café racer elétrica que mistura humano e máquina [Divulgação]

A britânica Arc escolheu o EICMA Motorcycle Show 2018 – Esposizione internazionale del ciclo, motociclo, accessori -, o conhecido Salão de Milão, na Itália, realizado de 8 a 11 de novembro, para estrear a Arc Vector, apresentada como a primeira motocicleta totalmente elétrica do mundo com Interface Homem-Máquina HMI (Human Machine Interface).

A tecnologia revelada pelo modelo inclui um capacete inovador equipado com Head-Up Display (HUD), que projeta informações na viseira, e uma jaqueta que se comunica com o motociclista atr de sinais táteis – resultando em uma experiência de pilotagem sem igual.

Segundo a fabricante, apenas 399 unidades serão produzidas, ao preço também bastante exclusivo de 90 mil libras, lá no Reino Unido – algo em torno de R$ 445 mil.

Arc Vector [Divulgação]
A Arc Vector segue uma direção muito diferente de design em relação à maioria das concorrentes. Concebida dentro do estilo café racer, notabilizado pelo visual esportivo e despojado, sua principal característica de construção é o quadro monocoque (peça única) de fibra de carbono, que além da função estrutural, incorpora um novo tipo de células de bateria produzidas pela Samsung. De acordo com a Arc, isso permite que a Vector seja 25% mais leve do que suas rivais mais próximas, com o peso total de 220 kg.

Arc Vector [Divulgação]
A carenagem com traços limpos e ângulos futuristas abriga todos os componentes eletrônicos, incluindo a bateria, motor e controladores. Todo o conjunto de iluminação – faróis duplos, luzes de posição (DRL), lanterna traseira, piscas e painel de instrumentos – é composto inteiramente por lâmpadas de LED.

Arc Vector [Divulgação]
Na traseira de perfil elevado, se destaca o braço oscilante de fibra de carbono, com amortecedores Öhlins customizados. O conjunto de freios Brembo chama a atenção pela posição de montagem raramente vista na dianteira, na vertical e abaixo do eixo, contribuindo para rebaixar a altura do centro de gravidade da moto em relação ao solo.

Arc Vector [Divulgação]
Sem revelar detalhes quanto ao sistema de tração (exceto a relação final por corrente, visível nas imagens), a Arc declara que a Vector desenvolve 95 kW (129 cv) de potência, podendo acelerar de zero a 100 km/h em apenas 3,1s e chegar à velocidade máxima de 200 km/h.

A autonomia proporcionada pela bateria de 16.8 kWh é de 193 km na estrada ou 274 km na cidade, com tempo de recarga total de apenas 30 minutos.

Arc Vector [Divulgação]
A tecnologia Head Up Display incorporada ao capacete que acompanha a Arc Vecto é similar aos sistemas utilizados pelos pilotos de caça. Em uma pequena tela digital transparente na viseira, próxima ao olho direito, são projetadas informações como o velocímetro ou dados do sistema de navegação por satélite, entre outras.

O elmo high tech também apresenta o sistema de visão traseira por meio de uma câmera instalada atrás do equipamento, cujas imagens também são projetadas no display da viseira. Tudo isso, segundo os projetistas, a fim de que o motociclista não precise desviar os olhos para conferir a velocidade ou os espelhos retrovisores, mantendo a atenção na estrada.

Fora isso, o capacete ainda atua como dispositivo de partida sem chave; ou seja, o motor só funciona se o acessório estiver junto da moto.

Arc Vector [Divulgação]
A tecnologia Pilot System adiciona à jaqueta feita sob medida elementos táteis acionados por áudio, os quais a Arc compara aos motorzinhos de vibração dos telefones celulares. Posicionados onde o corpo é mais sensível, eles permitem transmitir respostas sensoriais ao motociclista, com base em três diferentes modos.

Arc Vector [Divulgação]
No modo urban a jaqueta “toca” o motociclista na região dos ombros para alertá-lo sobre a presença de outro veículo em seu ponto cego. No modo sports, os sinais táteis dão respostas sobre a posição dinâmica da moto, calculando a potência entregue com base nos níveis da força G. Por fim, no modo euphoric, os sinais táteis usam os sons graves amplificados pela jaqueta, enfatizando sensorialmente os conteúdos de áudio transmitidos por meio de conexão sem fio entre a moto e o capacete.

 




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