Os órfãos brasileiros do Volkswagen Tiguan – que, ao longo de 15 anos de história no mercado nacional, teve mais de 60 mil unidades vendidas -, podem voltar a sorrir. Ou seria melhor esperar mais um pouco?
Explica-se: é que após dois anos fora do catálogo da Volkswagen do Brasil, o SUV urbano de sete lugares acaba de ter o seu retorno anunciado pela montadora, com previsão de disponibilidade ao consumidor ainda este ano.
Além de confirmar o novo carimbo no passaporte do Tiguan, no entanto, a VW não deu mais detalhes sobre o lançamento nacional, limitando-se a adiantar, junto com algumas fotos do carro, que o modelo virá com “novo design e itens exclusivos no segmento”. Segundo a marca, mais informações serão divulgadas em breve.
Até aí, tudo bem. Nenhuma novidade na conhecida estratégia do marketing atual de fatiar as informações sobre apenas um assunto, a fim de ampliar a exposição midiática.
Mas, logo ao bater os olhos sobre estas primeiras imagens distribuídas pela VW é que surge a dúvida colocada lá no primeiro parágrafo. Isso, porque é fácil observar que ainda se trata da segunda geração do Tiguan, produzida no México, a mesma que deixou de ser vendida aqui em 2021, disponível com motorização 1.4 flex ou 2.0 a gasolina. Veja por outros ângulos:
O que coloca a “novidade” em xeque é que do outro lado do Atlântico, neste mesmo momento, a Volkswagen já prepara o lançamento no mercado europeu da terceira geração do Tiguan, seu produto mais vendido por lá. Atualmente em fase final de testes, o modelo será revelado já neste último trimestre do ano, com chegada às ruas prevista para 2024.
AINDA LONGE DAQUI
Os primeiros detalhes da futura geração do Tiguan foram divulgados pela matriz da VW em junho. Segundo a empresa, na ocasião, a nova versão incorporará o inédito sistema de controle de suspensão ativa, recém-desenvolvido pela fabricante de Wolfsburg, na Alemanha, junto com outros recursos não conhecidos, como os faróis com tecnologia HD Matrix.
A propósito, para satisfazer os mais curiosos, o QR Code visto na porta dos protótipos de testes com camuflagem direciona para a página da Volkswagen alemã na internet.
O novo Tiguan também estreará em sua linha a propulsão híbrida, com auxílio de baterias recarregáveis na rede elétrica (plug-in). Conforme destaca a VW, ele deverá alcançar, em breve, a autonomia para rodar até 100 quilômetros a cada carga completa da bateria, sem consumir uma gota de combustível, sequer.
Por esse motivo, a terceira geração do modelo é baseada na versão evoluída da plataforma transversal modular, chamada de MQB evo, projetada para veículos eletrificados.
O interior do futuro Tiguan foi renovado e projetado sob o novo conceito de exibição e operação, que, de acordo com a Volkswagen, leva em consideração os requisitos específicos dos clientes para uma operação intuitiva. Com isso, o Tiguan chegará ao mercado, por exemplo, com o cockpit totalmente redesenhado e um novo sistema de infoentretenimento.
A tela principal de 15 polegadas (38cm) exibe de forma clara diversas funções, como mapas do sistema de navegação, música e controle de temperatura, e pode ser personalizada com acesso intuitivo e rápido.
O console central, além de oferecer mais espaço para armazenamento de objetos pessoais, também abriga os controles da tecnologia Driving Experience Control. O seletor rotativo com minitela própria pode ser usado para comandar o modo de acionamento, o volume do rádio ou as cores da iluminação ambiente, entre outras funções de conforto e conveniência para todos a bordo.
A comodidade dos ocupantes também é valorizada pelo uso de materiais de alta qualidade, assentos com novo desenho e isolamento acústico eficaz. Em particular, destaca a marca, em conjunto com um novo “pacote acústico” (opcional), o Tiguan foi projetado para oferecer conforto de ruído de classe premium.
De volta ao Tiguan que virá para nosso País, fica a expectativa em saber quais os predicados que ele revelará para enfrentar os modernos concorrentes de sete lugares disponíveis aqui – parte deles já eletrificada. Além das atualizações estéticas externas e internas, as mudanças prometidas pela VW, mas ainda não detalhadas, podem incluir a adoção do sistema de iluminação inteligente IQ.Light, introduzido por outro utilitário da marca, o Taos, e a central multimídia VW Play, que estreou no SUV cupê Nivus.
Outro aspecto a ser observado é se o preço na etiqueta desta segunda geração do Tiguan (lançada em 2016, importante lembrar) levará em conta a data de validade impressa no verso – já expirada na Europa, mas com prazo de vencimento estendido para cá. Aguardemos.
UNIVERSO MOTOR I Redação
Edição: Fábio Ometto I Fonte: Volkswagen do Brasil e Global I Imagens: Divulgação