O espanhol Marc Márquez, piloto da equipe Repsol Honda conquistou uma vitória emocionante no Grande Prêmio da Alemanha de MotoGP, disputado no último domingo no circuito de Sachsenring, na região de Dresden, leste do país.
Foi a primeira vitória do hexacampeão mundial da MotoGP na atual temporada, apenas seis corridas depois de retornar às pistas, de onde esteve afastado durante nove meses por causa da fratura no braço direito, causada pelo acidente no GP da Espanha de 2020, no circuito de Jerez de la Frontera, em julho.
O retorno de Márquez ao degrau mais alto do pódio acontece após três cirurgias e meses de uma exaustiva reabilitação para readquirir a imensa resistência exigida para levar uma máquina da MotoGP ao limite.
A vitória na Alemanha é mais uma prova do incrível talento e da ambição do espanhol de 28 anos de idade, a mesma que o levou conquistas o título da Moto2, pela já pela Honda, e outros seis na MotoGP, todos com a equipe Repsol Honda.
No sábado, Márquez conseguiu a quinta posição na tomada de tempos. Já no domingo, o piloto da moto nº 93 fez uma largada fantástica, pulando para a segunda posição já no fim da reta, e tomando a liderança já na última curva da volta inicial.
Ele chegou a perder a liderança brevemente por duas vezes, mas voltou para a primeira posição e construiu uma pequena vantagem, que se ampliou rapidamente quando a chuva começou a prejudicar algumas partes do sinuoso circuito de 3.671 m. Veja:
A esta altura da corrida, o hexacampeão deu mais uma mostra de sua incrível bravura – mantendo o ritmo veloz apesar da perda de aderência do asfalto – e resistiu à pressão do português Miguel de Oliveira, da equipe Red Bull-KTM, durante a segunda metade das exaustivas 30 voltas do GP alemão.
A cinco voltas do final, a diferença diminuiu para menos de um segundo, porém Márquez respondeu brilhantemente para receber a bandeira quadriculada com a vantagem de 1s6 sobre o rival. A terceira posição ficou para o francês Fabio Quartararo, piloto da Monster Energy-Yamaha.
Este novo triunfo do primeiro piloto da Repsol Honda representa sua 57ª vitória na MotoGP e a 83ª em toda a carreira. Sua última presença no lugar mais alto do pódio havia acontecido “em casa”, no circuito de Valência, em novembro de 2019.
No entanto, o piloto espanhol ainda não está 100% recuperado. Ele continua a trabalhar na reconstrução dos músculos do braço direito, o que ainda lhe causa algumas dificuldades nas curvas para a direita. E desde o seu retorno, em abril, as cinco pistas em que ele havia pilotado – Portimão (Portugal), Jerez (Espanha), Mugello (Itália) e Barcelona (Espanha) – foram circuitos com sentido horário, dominados, justamente, por curvas para a direita.
Felizmente para Márquez, Sachsenring corre no sentido anti-horário, com dez curvas para a esquerda e apenas três para a direita. Isso reduziu a atual desvantagem do espanhol, e logo em sua pista favorita, onde ele sempre teve um desempenho excelente.
Prova disso é que o hexacampeão mundial da MotoGP se mantém imbatível em Sachsenring. A vitória no último domingo foi a sua oitava vitória consecutiva na MotoGP neste circuito, e a 11ª também em seguida na mesma pista, ao longo das três categorias em que passou desde 2009: 125 cm³, Motor2 e a própria MotoGP. Um feito único na história do motociclismo de competição.
A primeira posição de Márquez no último domingo também assegurou a 11ª vitória consecutiva da Honda na MotoGP em Sachsenring. As três conquistas anteriores foram assinaladas por Dani Pedrosa, também da equipe Repsol Honda, entre 2010 e 2012.
A próxima etapa da principal categoria do motociclismo mundial acontece neste domingo (27), com o GP da Holanda, em Assen – a quarta corrida em cinco finais de semana consecutivos.
Depois da prova holandesa, a MotoGP faz uma pausa de três semanas antes dos GPs da Estíria e da Áustria, disputados em dois domingos seguidos de agosto, nos dias 8 e 15, a exemplo da Fórmula 1, nos próximos dois finais de semana.
8ª ETAPA – 20.06.2021 I Circuito de Sachsenring – Alemanha – Extensão: 3.671 m – Percurso: 30 voltas (110,13 km)
1º Marc Márquez (Repsol-Honda), 30 voltas em 41min07s243
2º Miguel Oliveira (Red Bull-KTM), a 1s610
3º Fabio Quartararo (Monster Energy-Yamaha), a 6s772
4º Brad Binder (Red Bull-KTM), a 7s922
5º Francesco Bagnaia (Lenovo-Ducati), a 8s591
6º Jack Miller (Lenovo-Ducati), a 9s086
7º Aleix Espargaro (Aprilia Racing Team), a 9s371
8º Johann Zarco (Pramac Racing-Ducati), a 11s439
9º Joan Mir (Ecstar-Suzuki), a 11s625
10º Pol Espargaro (Repsol-Honda), a 14s769
11º Alex RIins (Ecstar-Suzuki), a 16s803
12º Jorge Martin (Pramac Racing-Ducati), a 16s915
13º Takaaki Nakagami (Idemitsu-Honda), a 19s217
14º Valentino Rossi (Petronas-Yamaha), a 22s300
15º Luca Marini (SKY VR46 Avintia-Ducati), a 23s615
16º Enea Bastianini (Avintia Esponsorama-Ducati), a 23s738
17º Iker Lecuona (Tech 3-KTM), a 23s946
18º Franco Morbidelli (Petronas-Yamaha), a 24s414
19º Maverick Viñales (Monster Energy-Yamaha), a 24s715
Não completaram
Lorenzo Savadori (Aprilia Racing Team), a 25 voltas
Danilo Petrucci (Tech 3-KTM), a 26 voltas
Alex Márquez (Castrol-Honda), a 26 voltas
Melhor volta
Miguel Oliveira (Red Bull-KTM), na 15ª, em 1min21s701
Fonte: Repsol Honda I Tradução e edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação e redes sociais