Depois de estabelecer um novo recorde para categoria dos carros executivos no circuito de Nürburgring, na Alemanha, no traçado antigo conhecido como Green Hell (Inferno verde) – por causa do trecho sinuoso e quase sem áreas de escape que corta a Floresta Negra, sujeita a névoas e temporais – o modelo Mercedes-AMG GT 63 S 4Matic+ estreia no mercado nacional, na edição especial Carbon.
Criado especialmente para o público brasileiro, o 63 S 4Matic+ Carbon é derivado do Mercedes-AMG GT, o primeiro cupê de quatro portas criado pela AMG, que é a repartição da fabricante alemã responsável por desenvolver os modelos de altíssimo desempenho e de competição, incluindo os bólidos da atual equipe hexacampeã da Fórmula 1.
Assim, o Mercedes-AMG GT 63 S 4Matic+ Carbon alia a silhueta exclusiva e de proporções clássicas, o motor V-8 na versão de 639 cv – a mais assombrosa saída das bancadas da AMG -, e as últimas soluções de engenharia para supercarros. E tudo isso sem abdicar dos altos níveis de segurança e de conforto para todos os ocupantes, com diversas opções de individualização. O grande destaque da configuração que chega ao Brasil é o pacote Carbono Exterior II, que adiciona à carroceria diversos itens funcionais produzidos em fibra de carbono, resultando em redução de peso e maior eficiência aerodinâmica, além de lhe conferir uma aura ainda mais exclusiva.
O novo cupê Mercedes-AMG está disponível para reservas em toda a rede de concessionários do país, com preço público sugerido de R$ 1.683.900 – valor que impressiona tanto quanto o visual e o desempenho do próprio super GT.
O pacote Carbono Exterior II pode ser dividido em dois grupos de componentes. No primeiro, incluem-se as peças que ajudam “apenas” a diminuir o peso, como o teto fixo da carroceria, a cobertura do motor e as capas dos retrovisores externos, esses originalmente já moldados para reduzir o arrasto contra o ar.
E, no segundo, aqueles que, além de mais leves, têm função de otimizar a aerodinâmica do cupê, por meio do aumento da pressão de downforce, como é chamada a força que age de cima para baixo, resultante dos fluxos de ar que passam por cima da carroceria e sob o assoalho do carro em condições de alta velocidade.
Na dianteira, eles incluem o largo spoiler, localizado logo embaixo da grade frontal inferior, e os flics, que são os difusores de ar que acompanham internamente o formato das imensas janelas de refrigeração, vistas nas extremidades do para-choque.
Já na traseira do cupê esportivo, o kit de carbono adiciona o extrator do fluxo de ar que passa por baixo do carro – cujas saídas estão colocadas na parte inferior do para-choque, entre as ponteiras duplas do escapamento – e, claro, o vistoso aerofólio fixo instalado sobre a tampa do porta-malas, com ângulo da lâmina ajustável manualmente.
Segundo a Mercedes, quando essa asa é ajustada na angulação máxima, a pressão de downforce resultante, a 300 km/h, é aumentada em 30 kg, comparada à do modelo de série; esse efeito extra força ainda mais o eixo traseiro contra o asfalto, o que se traduz, na prática, em maior capacidade de tração e extensão do limite de aceleração lateral – a chamada força G -, o qual define o ponto em que os pneus perdem a aderência na curva.
Vale destacar, ainda, o sistema Airpanel de gerenciamento ativo do ar que passa através da grade frontal. Essa tecnologia exclusiva da Mercedes controla a abertura e o fechamento das lâminas da persiana incluída no sistema, de acordo a temperatura do motor e a velocidade do veículo, entre vários parâmetros; elas são abertas totalmente somente quando indispensável para não comprometer a eficiência do sistema de refrigeração do veículo.
De acordo com a fabricante, esse recurso diminui a resistência do ar em determinadas situações, beneficiando a eficiência aerodinâmica do veículo, além de fazer com que o motor atinja rapidamente a sua temperatura ideal de funcionamento e trabalhe nessa condição de forma mais constante; como resultado, afirma a marca, obtém-se menor consumo de combustível e, consequentemente, a redução de emissões de poluentes.
Outra vantagem trazida por esse sistema é o coeficiente de penetração do ar (Cx) ainda mais baixo apresentado pelo Mercedes-AMG GT 63 S 4Matic+ Carbon, apesar da maior pressão de downforce. Essa combinação de ganha-ganha melhora tanto a dinâmica longitudinal quanto a lateral, oferecendo para quem está ao volante a sensação de total estabilidade, na estrada, e a confiança para ousar um pouco mais no acelerador a cada volta nos track days, como são conhecidos os eventos de velocidade realizados em autódromos, com toda a segurança.
O conteúdo de equipamentos de série do GT Carbon traz, também, inúmeros itens de alta tecnologia e esportividade, tais como o AMG Track Pace, que é um dispositivo de telemetria que registra os parâmetros dinâmicos do veículo, (aceleração, frenagem, força G lateral) similar ao utilizado na Fórmula 1, além de itens de segurança ativa.
Um deles é o sistema de condução semi-autônoma Distronic Plus, uma avançada tecnologia de controle adaptativo que mantém a velocidade programada pelo motorista (piloto automático) e, por meio de um aparelho de radar, preserva a distância segura em relação ao veículo que segue logo à frente nas rodovias.
Como já mencionado, o Mercedes-AMG GT 63 S 4Matic+ Carbon é equipado com a mais poderosa configuração do motor de oito cilindros em V disponível nas prateleiras da AMG.
Com exatos 3.982 cm³ de cilindrada e alimentado por meio de sistema de injeção direta de gasolina, intercooler e turbocompressor de turbina dupla (twin scroll), instalado entre os cabeçotes (Hot Inner V), ele está pronto para despejar totalmente sua potência avassaladora de 639 cavalos já aos 5.500 giros, até os 6.500, e o torque ainda mais absurdo de 91,7 kgf.m, entre 2.500 e 4.500 rpm.
A fim de reduzir o consumo de combustível e as emissões de poluentes, o propulsor também é dotado da tecnologia que desativa quatro dos seus oito cilindros, automaticamente, em acelerações moderadas ou velocidades de cruzeiro.
O câmbio automático AMG Speedshift MCT 9G conta com nove marchas e permite trocas manuais por meio de aletas posicionadas atrás do volante (paddle shifts).
Para ser capaz de transmitir integralmente este poderio para o asfalto, o GT 63 S 4Matic+ vem calçado com pneus especiais Michelin Pilot Sport Cup 2, nas medidas 275/35 ZR21, na frente, e 315/30 ZR21, atrás. As rodas de alumínio de 21 polegadas incluídas no pacote Carbono Exterior II têm acabamento totalmente escurecido, realçando a esportividade do cupê.
Arregimentado todo esse arsenal, o GT Carbon pode disparar da imobilidade até os 100 km/h em 3,2 segundos e atingir os 315 km/h de velocidade final. São números impressionantes que, no final das contas, justificam até o último centavo daquele 1,6 milhão de reais – para quem pode pagá-lo, é claro. Concorda?
E tem mais. Como se toda essa força e desempenho já não fossem suficientes para elevar o nível de adrenalina à enésima potência, o sistema de tração integral AMG Performance 4Matic (que distribui de forma variável o torque entre as quatro rodas), inclui a função Drift Mode.
Para quem não conhece, trata-se de um recurso criado para proporcionar experiências mais emocionais ao volante e, também, para os demais ocupantes do veículo; ativado por meio de um botão, ele altera eletronicamente a calibragem das suspensões dianteiras para um modo mais macio, antes de enviar mais torque para as rodas traseiras, ajustes que facilitam as manobras de derrapagem lateral do carro, modalidade conhecida como drifting.
O primeiro lugar do Mercedes-AMG GT 63 S 4Matic+ (ano/modelo 2021) na lista oficial dos melhores carros do circuito de Nürburgring na categoria Executive cars, foi escrito pelas mãos do engenheiro de desenvolvimento da AMG Demian Schaffert, em novembro.
O tempo oficial certificado foi de 07min27”800 para a volta no traçado completo de 20.832 km, com 73 curvas, sendo 33 para a esquerda e 40 à direita. O ex-piloto baixou em 2s3 o próprio recorde estabelecido em 2018, a bordo da versão anterior do cupê de quatro portas de Affalterbach. A cronometragem da nova marca foi feita por empresa especializada e aferida por auditor independente, que também certificou as condições do veículo. Acompanhe como foi toda a volta voadora pelos 20 km de traçado na visão de Schaffert:
Segundo a Mercedes-AMG, o cupê de 639 cv que impôs o novo recorde não recebeu qualquer preparação exclusiva. O melhor desempenho em relação ao Mercedes-AMG GT 63 S 4Matic+ anterior é resultado da evolução de equipamentos como o sistema de tração nas quatro rodas AMG Performance 4Matic+, a direção ativa das rodas de trás, o diferencial traseiro de deslizamento limitado e o programa de condução AMG Dynamics, combinados aos pneus especiais Michelin Pilot Sport Cup2, itens que tiveram influência direta no novo tempo de volta pelo Inferno Verde.
Fonte: Mercedes do Brasil I Edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação
Modelo | Mercedes-AMG GT 63 S 4Matic+ Carbon |
Origem | Alemanha |
Preço sugerido | R$ 1.683.900 |
Garantia | 2 anos |
Tipo | Cupê, 4 portas |
Construção | Chassi com estrutura monobloco e carroceria de aço estampado, teto e acessórios aerodinâmicos moldados em fibra de carbono |
Nível de segurança contra impactos | N/D |
Comprimento | 5.054 mm |
Largura (com retrovisores) | 2.069 mm |
Altura | 1.447 mm |
Vão livre do solo | 144 mm |
Entreeixos | 2.951mm |
Peso total (tanque cheio) | 2.045 kg |
Ocupantes | 4 |
Capacidade do porta-malas | 461 litros |
Tanque de combustível | 80 litros |
Tipo | Dianteiro, longitudinal, oito cilindros em V, bloco e cabeçotes de alumínio, gasolina, quatro válvulas por cilindro, intercooler, turbocompressor duplo (twin scroll), sistema de desativação de cilindros |
Diâmetro x curso | N/D |
Cilindrada | 3.982 cm³ |
Taxa de compressão | N/D |
Potência | 639 cv / 5.500 a 6.500 rpm |
Potência específica | 160,4 cv/litro |
Peso/potência | 3,2 kg/cv |
Torque | 91,7 kgf.m / 2.500 a 4.500 rpm |
Tipo | Automática (AMG Speedshift MCT 9G ), com opção de trocas manuais por meio de aletas no volante (paddle shifts) |
Marchas | 9 |
Tração | Integral (4×4) AMG Performance 4Matic, com distribuição variável do torque entre os eixos e a função Drift Mode |
Equipamentos | Diferencial traseiro com deslizamento limitado e gerenciamento eletrônico |
Dianteira | Independente, braços triangulares (duplo A) com barra estabilizador e bolsas de ar |
Traseira | Independente, braços triangulares (duplo A) com barra estabilizador e bolsas de ar |
Dianteiro | Discos de aço ventilados |
Traseiro | Discos de aço ventilados |
Assistência | Elétrica |
Raio de giro | 12,6 m |
Rodas | Alumínio, 21×10″ (diant.) e 21×11.5″ (tras.) |
Pneus | 275×35 ZR21 (diant.) e 315×30 ZR21 (tras.) |
Combustível | Gasolina |
Urbano (km/l) | N/D |
Rodoviário (km/l) | N/D |
Classificação | N/D |
Selo Conpet (nível máximo no segmento) | N/D |
Dióxido de carbono (CO2) | N/D |
Óxido de nitrogênio (NOx) | N/D |
Classificação | N/D |
Aceleração (zero a 100 km/h) | 3,2 segundos |
Velocidade máxima | 315 km/h |
Conforme dados de fábrica