Parceiras há mais de meio século, a equipe McLaren e a petrolífera Gulf iniciaram em 2020 mais um ciclo de colaboração estratégica, que se estenderá pelos próximos anos, envolvendo o suprimento de lubrificantes tanto para os monopostos de Fórmula 1 quanto para os supercarros produzidos pela McLaren Automotive, em Woking, na Inglaterra.
Para marcar o novo acordo em alto estilo, e fazendo que sabe de melhor, a fabricante britânica, por meio de sua divisão de personalização, a MSO (McLaren Special Operations), revelou em maio do ano passado o cupê 720S Gulf, decorado em azul claro com uma faixa laranja, as cores da petrolífera.
Na ocasião, a McLaren antecipou que poucos clientes teriam a oportunidade exclusiva de ter um dos 720S com essa pintura especial, feita a mão.
A identidade visual da Gulf Racing se tornou emblemática nas pistas a partir da década de 1960, por causa do envolvimento da empresa com as categorias de carros esporte e, especialmente, após a grande exposição mundial nos cinemas e na TV com o filme 24 Horas de Le Mans, estrelado por Steve McQueen.
A ótima notícia para nós, brasileiros aficionados por motores e velocidade, é que uma dessas raríssimas obras de arte acaba de desembarcar no showroom da McLaren São Paulo, representante oficial da marca no mercado nacional, e está à venda por R$ 4,2 milhões.
De acordo com concessionária, localizada na zona sul da capital paulista, o exemplar enviado para o Brasil será o único disponível nas Américas – sem dúvida, um privilégio para o país onde nasceu o tricampeão de F1 que conquistou todos os seus títulos pela equipe britânica e o único piloto, fora o próprio Bruce McLaren, é claro, a ter um carro da marca batizado com seu sobrenome, o Senna, que também conta com uma versão de pista, a GTR.
Além da pintura, a decoração especial traz os emblemas da Gulf aplicados no capô e nos paralamas traseiros.
As pinças de freio também são pintadas em laranja e destacam-se através das rodas de alumínio com aros de 19 polegadas, na frente, e de 20”, atrás. Os pneus têm medidas de 245/35 ZR19 e 305/30 ZR20, respectivamente.
No interior, o emblema Gulf aparece nos suportes laterais e nos apoios de cabeça dos bancos.
Os cintos de segurança se destacam pela tonalidade alaranjada e os assentos apresentam costuras nas cores laranja e azul, em contraste com o revestimento em couro preto.
O volante de fibra de carbono aparente incorpora, no alto, a faixa centralizadora em laranja, ladeada por duas mais estreitas em azul escuro.
O módulo da chave de ignição segue o mesmo padrão de cores e adiciona o logotipo Gulf.
As especificações técnicas do 720S Gulf são exatamente as mesmas em relação ao modelo de série. O chassi de fibra de carbono Monocage II, com portas “asas de gaivota” que abrem para cima, contribui para o peso seco mais leve de sua classe, segundo a McLaren, com 1.283 kg.
A suspensão Proactive Chassis Control II e a aerodinâmica ativa, com componentes que ajustam o ângulo de inclinação conforme a velocidade, ajudam a liberar seu desempenho sensacional na estrada ou na pista.
Instalado no centro do carro, em posição longitudinal, o motor puramente a combustão M840T, de oito cilindros em V, com 3.994 cm³ de cilindrada, biturbo, gera 720 cv a 7.500 rpm – mesma potência das atuais unidades V-6 da F1, sem o auxílio elétrico – e o torque máximo brutal de 78,5 kgf.m, entre 5.500 e 6.500 giros.
A transmissão com tração traseira usa o câmbio automático SSG de sete velocidades, com modo de trocas manuais por meio de aletas no volante, e sistema de dupla embreagem, para engates ainda mais rápidos.
Esse estupendo trem de força permite ao 720S acelerar de zero a 100 km/h em 2,9 segundos e alcançar os 200 km/h em 7s8. A velocidade máxima é de 341 km/h.
A parceria entre a equipe McLaren e a petrolífera Gulf ocorreu pela primeira vez de 1968 a 1973, com a empresa centenária fundada nos Estados Unidos se tornando fornecedora de lubrificantes para os carros de Fórmula 1 e da categoria de protótipos Can-Am.
Na década de 1990, a dobradinha foi retomada com sucesso, comprovado pelas vitórias dos lendários McLaren F1 GTR da equipe GTC Competition nos campeonatos europeus de endurance e na categoria GT1 da 24 Horas de Le Mans, em 1997.
Fonte: LetraNova Comunicação I Edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação
Modelo | McLaren 720S Gulf |
Origem | Inglaterra |
Preço básico | R$ 4.200.000 |
Carroceria | Cupê, chassi e carroceria de fibra de carbono, e portas, e ocupantes |
C/L/A/Ee | 4.543 mm I 2.262I 1.196 mm I 2.670 mm |
Porta-malas | 150 (dianteiro) I 210 (traseiro) litros |
Peso | 1.419 kg (tanque cheio) |
Motor | Central, longitudinalal, bloco e cabeçote de alumínio, 8 cilindros em V, 3.994 cm³ de cilindrada, gasolina, refrigerado a líquido |
Câmbio | Automático com modo de trocas manuais SSG, 7 marchas, dupla embreagem e tração traseira |
Potência | 720 cv a 7.500 rpm |
Torque | 78,5 kgf.m a 5.500 rpm |
Peso-potência | 1,97 kg/cv |
0 a 100 km/h | 2,9 segundos |
Vel. máxima | 341 km/h |
OBS: Especificações e desempenho conforme dados de fábrica