A data de hoje marca meio século desde que o piloto e engenheiro Bruce McLaren teve sua vida precocemente interrompida aos 32 anos de idade, após o acidente enquanto testava um de seus carros de corrida no circuito de Goodwood, em West Sussex, no sudeste da Inglaterra.
Em homenagem ao pai, Amanda McLaren – embaixadora da marca que leva seu sobrenome – inaugurou a estátua em tamanho real do piloto durante uma cerimônia privada no McLaren Technology Centre (MTC), a sede da marca instalada em Woking, nos arredores de Londres.
Foram acesas cinquenta velas em torno de um McLaren M8D de 1970, o “carro irmão” do modelo no qual Bruce McLaren sofreu o acidente fatal. “O dia 2 de junho é sempre uma data emocional para nós, e isso é particularmente verdadeiro neste ano. Ter ‘papai’ olhando para a McLaren é incrivelmente emocionante e eu sei que ele ficaria muito orgulhoso das conquistas feitas em seu nome”, afirmou Amanda.
O M8D presente na homenagem é o mesmo com que o companheiro de equipe e compatriota Denny Hulme venceu em 1970 o campeonato da série Can-Am, categoria de protótipos disputada na América do Norte.
Foi a segunda vez que Hulme conquistara o título, logo após o próprio Bruce receber as honras em 1967 e 1969. A equipe dos carros cor de laranja dominou as corridas da categoria até 1971.
A estátua de bronze de Bruce McLaren foi criada pelo pintor e escultor Paul Oz. Globalmente reconhecido por sua arte inspirada no automobilismo, Oz foi contratado anteriormente pela McLaren Racing para produzir uma escultura de Ayrton Senna que também está no MTC.
Senna pilotou pela equipe por seis anos, vencendo todos os seus três Campeonatos Mundiais de Fórmula 1 em 1988, 1990 e 1991.
Foi o próprio Bruce que disse a frase que se tornaria famosa: “A vida é medida em conquistas, não apenas em anos”, e seguindo essa filosofia ele viveu uma vida extraordinária, apesar de tão curta. Ele chegou ao Reino Unido em 1958, vindo da Nova Zelândia, sua terra natal, após fazer seu nome como um talentoso piloto de corridas.
No ano seguinte, aos 22 anos de idade, se tornou o mais jovem vencedor da Fórmula 1, recorde que se manteve por mais de 40 anos.
Em 1963, ele fundou sua equipe e logo reuniu um grupo extremamente fiel de mecânicos e pilotos ao seu redor. O próprio Bruce estreou a recém-formada equipe nas corridas de Grand Prix em 1966, competindo em Mônaco.
Seu sucesso nas pistas continuou – venceu a mítica 24 Horas de Le Mans, em 1966, e o campeonato da Can-Am, no ano seguinte.
Ele também transformou a McLaren em uma equipe vendedora de GPs, ao conquistar a primeira vitória da equipe em 1968, no lendário circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica, pilotando o modelo M7A. Foi a quarta vitória de Bruce na Fórmula 1, sendo que todas as outras foram obtidas pela Cooper.
Mas foi de volta à oficina e às pistas de testes que Bruce realmente brilhou como desenvolvedor de seus próprios carros. E em 1969 ele revelou os planos de lançar seu definitivo carro de rua, o M6GT.
A equipe que ainda leva o nome conquistou 182 vitórias em GPs, 12 campeonatos de pilotos _ o primeiro deles com Emerson Fittipaldi, em 1974 – e 8 campeonatos de construtores, tornando-se a segunda equipe de maior sucesso na Fórmula 1. A McLaren também tem três vitórias na 500 Milhas de Indianápolis e, no início deste ano, anunciou o retorno para a disputa de toda a temporada da Fórmula Indy, após quatro décadas.
O nome McLaren foi ainda reforçado na história do automobilismo com a introdução em 1992 do McLaren F1, o carro que, em sua versão de corrida, venceu a 24 Horas de Le Mans em 1995, logo na primeira participação na prova de endurance mais famsa do mundo.
A McLaren Automotive, hoje a maior parte do McLaren Group, foi formada em 2010 e produz um portfólio de modelos GT, supercarros e hipercarros de rua, bem como carros de competição nas classes GT4 e GT3 e equivalentes, assessorada pela McLaren Customer Racing.
Fonte: McLaren Cars I Edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação