Linha 2021 da Honda CB 650 chega às lojas

Versões racing e neo cafe racer estreiam conceito “R”, com design invocado, motor mais esperto, ciclística e conforto melhorados, painel digital e alerta de emergência




Linha 2021 da Honda CB 650 chega às lojas

Destaques do último Salão Duas Rodas 2019, as novas Honda CB 650R e CBR 650R, representantes dos segmentos naked (pelada) e esportivo, respectivamente, acabam de desembarcar nas concessionárias em todo Brasil. Segundo a Honda, elas expressam o novo posicionamento da marca em oferecer conceitos inéditos, mais modernos, com alta tecnologia e em sintonia com o mercado, e chegam para substituir a CB 650F e a CBR 650F.

Honda CB 650R

A nova CB 650R é inspirada no conceito Neo Sports Café, inaugurado pelo modelo CB 1000R no Brasil. Seu visual mistura o design minimalista (onde menos é mais), com a agressividade do estilo café racer; daí a adoção do “R” no nome do modelo, que identifica as esportivas da marca, no lugar do “F”, adotado nos modelos naked.

Honda CBR 650R

Já a CBR 650R tem nas formas de sua carenagem uma clara identidade com a joia da coroa das superesportivas da Honda, a CBR1000RR-R Fireblade. Além disso, a nova racing de 650 cm³ também segue o conceito “Total Control”, o que, na prática, significa dizer que continua oferecendo pilotagem acessível para usuários de diferentes perfis, satisfazendo desde os mais experientes a novatos.  

Elementos em comum as duas Honda 650 são o trem de força e o chassi. O motor de quatro cilindros arrefecido a líquido recebeu modificações que aumentaram a entrega de força em regimes de média rotação. O câmbio de seis marchas agora conta com embreagem deslizante, além de assistida, mais o de controle de tração Hstc – Honda Selectable Torque Control.

Na parte ciclística, o chassi tubular de aço teve o seu peso reduzido em quase 2 kg, se comparado ao da “F”, e vem complementado pelo novo garfo dianteiro, que estreia o sistema invertido, e cálipers (pinças) de freio radiais na roda da frente.

Honda CB 650R

A CB 650R explora o conceito Neo Sports Café através de proporções compactas e o visual que concilia agressividade com elegância. O modelo se caracteriza, ainda, pela rabeta curta com paralama agregado e grupo óptico circular, com iluminação totalmente de LED (diodo emissor de luz), fixado na suspensão.

O tanque de combustível com formato alongado e muscular, que praticamente se funde com o poderoso motor de quatro cilindros em linha, traz o contato da chave de ignição posicionado em sua parte frontal.

Honda CB 650R

O painel de instrumentos retangular é do tipo Black out LCD e inclui indicador de marcha engatada e luz-alerta “shift-up”, que avisa o momento ideal para as trocas.

A posição de pilotagem foi revista em relação à geração “F”: o guidão foi avançado em 13 mm e está 8 mm mais baixo, alterações complementadas pela elevação das pedaleiras em 6 mm e recuo de 3 mm. O resultado é o posicionamento mais coerente com o conceito cafe racer.

Honda CBR 650R

A CBR 650R ostenta a agressividade que se espera de uma esportiva de verdade. Destaca-se a parte frontal da carenagem, que agrupa o grupo óptico redesenhado e as novas tomadas de ar, elementos que evidenciam a esportividade do modelo.

Os faróis duplos e afilados remetem imediatamente ao design da superesportiva Fireblade. A iluminação 100% de LED, o painel Black out com indicador de marcha também estão presentes na CBR 650R, assim como as mesmas especificações de suspensões, freios e rodas da versão Neo Sports Café.

Honda CBR 650R

O tanque foi desenhado para oferecer o necessário apoio das pernas em pilotagens esportivas. Ao mesmo tempo, o conjunto formado pelo assento em dois níveis e pela rabeta compacta favorecem a centralização dos pesos da máquina e ocupantes, característica comum às motocicletas esportivas, e enfatizam o design agressivo da CBR 650R.

A esportiva também recebeu medidas diferentes na posição de pilotagem, com os semi-guidões de alumínio cônico avançados em 30 mm e posicionados de maneira a permitir ao piloto aproveitar confortavelmente a proteção oferecida pela bolha do parabrisa.

Honda CB 650R

O motor que equipa ambas as versões recebeu atualizações técnicas que visaram aumentar a entrega de potência em médias rotações. Antes disso, um aspecto marcante dessa nova configuração do quatro cilindros em linha é o seu tamanho mais compacto, mas com os mesmos 649 cm³ de cilindrada. Isso foi conseguido graças ao desenho da bancada dos cilindros com inclinação de 30º para a frente, associada ao câmbio verticalizado e ao reduzido motor de arranque.

Fora isso, a nova e complexa galeria interna por onde circula o líquido de refrigeração permitiu eliminar, do lado de fora, grande parte das mangueiras do sistema. Outra novidade é que a aparência externa do motor agora é inteiramente pintada na cor preta.

Honda CBR 650R

Assim, o engenho a gasolina, alimentado por injeção eletrônica multiponto (PGM-FI), com 16 válvulas e duplo comando no cabeçote (Dohc), rende a potência máxima de 88,4 cv a 11.500 rpm, e torque de 6,13 kgm.f a 8.000 rpm.

Apenas como comparação, o propulsor de quatro cilindros da geração “F” entregava 88,5 cv a 11.000 rpm e 6,22 kgf.m a 8.000 rpm – praticamente o mesmo desempenho em regimes de rotações máximas.

Honda CB 650R

A principal diferença está no ganho de fôlego na faixa média de rotações, o que envolveu o redesenho dos pistões com saia assimétrica e das câmaras de combustão. No sistema de distribuição, foram retrabalhados os eixos do duplo comando de válvulas, molas e corrente de acionamento.

Fora isso, a caixa do filtro de ar foi modificada em ambas as novas CB. Na versão Neo Sport Café, o sistema de admissão é formado por duas tomadas de ar situadas ao lado do tanque, enquanto na configuração esportiva elas também são duplas, mas posicionadas na parte frontal da carenagem.

Para finalizar as alterações, os coletores de escape tiveram o diâmetro dos tubos aumentado de 35 para 38,1 mm, para otimizar o fluxo de exaustão e dar conta dos regimes mais elevados de potência e de rotação. 

Honda CB 650R

O câmbio de seis velocidades com transmissão final por corrente passa a vir associado à embreagem do tipo deslizante, solução que previne perdas de aderência repentinas da roda traseira no caso de reduções de marcha extremas. Fora isso, o sistema de assistência reduz em 12% o esforço necessário para acionar o manete esquerdo.

No sentido contrário, em situações de forte aceleração, é o de controle de tração Hstc – Honda Selectable Torque Control – que se encarrega de conter eventuais perdas de aderência do pneu de trás. O equipamento monitora o regime de giros do motor para oferecer os máximos níveis de precisão e de tração ao piloto, especialmente em pisos escorregadios. Motociclistas mais “cascudos” podem optar pela condução acentuadamente esportiva desativando o controle de tração, por meio de um botão no punho esquerdo.

Honda CBR 650R

As Honda CB 650R e CBR 650R compartilham o chassi tubular de aço tipo do tipo Diamond, que usa o motor como parte da estrutura. Em relação ao usado nas “F”, o novo quadro difere principalmente na base onde é ancorado o eixo de articulação da balança da suspensão traseira; agora produzida em aço estampado, ao invés do metal forjado, ela resultou no alívio de exato 1,9 kg no peso do chassi.

As traves que sobem em direção ao guidão também tiveram seu arranjo modificado, e agora estão mais flexíveis na região central e rígidas na conjunção com a coluna de direção.

Honda CB 650R

Graças ao peso total reduzido em cerca de 4 kg, a nova CB 650R traz uma série de novidades. Começando pela sofisticada suspensão dianteira, a Showa SFF com garfo telescópico invertido, de 120 mm de curso. Suspensões invertidas têm como vantagem a redução do peso não suspenso concentrado junto à roda, o que alivia esforço do sistema hidráulico do amortecedor.

A sigla SFF vem de Separated Function Fork, que remete à tecnologia que divide as funções entre as bengalas (tubos do garfo dianteiro), fazendo com que uma aja como amortecedor de dupla ação e a outra na função de mola.

Honda CBR 650R

Na traseira, a suspensão com conjunto mola-amortecedor (monoshock) tem amplitude de 128 mm. O ajuste de pré-carga da mola dispõe de sete posições, selecionadas de acordo com a preferência entre conforto na cidade e estabilidade na estrada, por exemplo, ou em função do peso a ser deslocado, variando desde só o piloto até a condição de garupa com bagagens.  

Os cálipers de quatro pistões do freio dianteiro ganharam fixação radial trazido das competições – ou seja, os parafusos que os une aos terminais dos amortecedores são dispostos no mesmo sentido dos raios da roda -, o que, tecnicamente, reduz as vibrações nas frenagens em situações extremas.

Os dois discos ventilados da roda da frente são do tipo flutuante (que permite a mínima oscilação lateral da sua área de contato entre as pastilhas da pinça), com diâmetro de 310 mm, enquanto na roda de trás é usado disco único ventilado, também flutuante, com 240 mm.

Honda CB 650R

Um dispositivo de segurança suplementar equipa a CB 650R e CBR 650R: trata-se do Emergency Stop Signal, que reconhece frenagens de emergência em velocidades superiores a 56 km/h e, através de sensores do módulo do ABS, aciona automaticamente o pisca-alerta.

As rodas de alumínio, com aro de 17 polegadas e cinco raios duplos, estão ainda mais leves, e vêm montadas com pneus de medidas 120/70-ZR17, na dianteira, e 180/55-ZR17, na traseira.

Honda CB 650R

As duas novas Honda já se encontram à disposição em todas as concessionárias da rede. A CB 650R, disponível nas cores azul perolizado, vermelho ou prata metálico, tem preço público sugerido de R$ 39.416.

Já a CBR 650R 2020, com opções vermelho ou cinza metálico, sai por R$ 41.080. Os valores têm como base o estado de São Paulo e não incluem despesas de frente e seguro.

Honda CBR 650R

Para os dois modelos, a garantia de fábrica é de três anos, sem limite de quilometragem, e inclui a cobertura pelo serviço Honda Assistance, disponível 24 horas por dia, 365 dias por ano.

O serviço de apoio ao cliente pode ser acionado em casos de acidente, furto, roubo ou pane (de origem elétrica ou mecânica), em qualquer parte do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.

Fonte: Moto Honda da Amazônia I Edição: Fábio Ometto I Imagens: Divulgação




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